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s termos de Deus se
definem como a fronteira mais ampla de oportunidade para a humanidade. Não há
como ultrapassar esses limites por melhor ou pior que sejam a bondade ou a
malignidade humana. Por graves que sejam os erros cometidos por uma pessoa, ela
nunca vai estar fora do alcance do olhar misericordioso do Pai eterno. Ainda
que suas atitudes pecaminosas causem delito ou danos irreparáveis, mesmo assim,
não serão obstáculos para separá-la de sua graça. Os atos impuros que possam ir
além da conjectura humana de tolerância ou de prescrição legal em uma
sociedade, são regidos por lei humana e qualquer feito deletério deve ser
julgado e punido conforme as leis de cada país. Mas nunca devemos acreditar que
os pecados humanos são pesados por Deus da mesma maneira que são julgados por
uma instituição social humana.
Por isso é bom
evitar que a sentença dada a alguém, em escopo terreno, siga na consideração
apenas das leis sociais. Da mesma forma, percebermos que os atos de justiça
estabelecidos e provados por investigações que apresentem convicção ou até
mesmo fatos que comprovem os crimes de uma pessoa, podem ser detalhes
importantes, mas que não serão tomados por base diante do julgamento divino.
Com efeito, é necessário admitir que tanto o melhor ato de bondade praticado
por alguém quanto seu maior e nefasto crime não alteram sua condição humana. O
melhor e o pior dos homens são apenas homem. Os limites divinos são
elevadíssimos e seu amor é rigoroso no quesito de um bom juízo com elevadíssima
justiça.
Sendo assim, não
podemos associar uma absolvição ou condenação para um juízo definitivo de uma
pessoa. Pois se a lei humana instituída na sociedade, tem um prazo de
cumprimento para cada delito e seus respectivos graus a serem expirados pelo
cumprimento de uma pena e isso é tido como o fazer jurídico daquilo que aceitamos
como justiça, limitemo-nos apenas em esperar que Deus estabeleça seus parâmetros
e limites divinos de justiça em seus julgamentos e honremos-lhe como o mais
justo Juiz. Não nos metamos em opinar contrariamente ou favoravelmente à sua
vontade. Mas nós devemos calar-nos diante de sua bondade e graça infindas.
Jamais atingiremos a satisfação dos limites divinos. Quer sejam por ações
consideravelmente boas ou ruins.
Portanto não
consideremos nenhuma teologia que deseje interferir na vontade divina e detalhe
o que acontecerá com uma pessoa diante do tribunal divino. Principalmente,
quando essa teologia é exposta por associações religiosas que ambicionam para
si uma representação teológica de autopromoção no chamado reino de Deus.
Cuidemos para não ser iludidos por charlatões da fé religiosa que
impiedosamente visam à vantagem financeira cuja marca principal é espalhar o
medo e o pânico, apontando o juízo divino como fruto de uma análise bíblica
sofrível. Olhemos, portanto, para Jesus. Esse, de fato, ajudar-nos-á a confiar
em Deus, o eterno Juiz.
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