De César Augusto o decreto
Para um recenseamento
Marcou-se bem o evento
Daqueles dias frenéticos
Do nascimento profético
De Jesus, o Salvador
Que numa história de amor
Em Belém da Judéia nasceu
Sendo um menino judeu
Que o mundo encantou
Maria estava grávida
Saindo para a Judeia
Partindo da Galileia
Em longa viagem ávida
Cansativa e dramática
Com José o seu marido
Que muito comprometido
Em cumprir uma ordenança
Pelo caminho avança
Para ser bem sucedido
E tendo em Belém nascido
Seu filho, o primogênito
Não teve um aposento
Para um descanso merecido
Mas em seus braços protegido
Foi envolvido em panos
Deus no meio dos humanos
Muito humilde e pacífico
Da vida sentiu o risco
Mas em tudo soberano
Nem sequer uma hospedaria
Para proteger meu rebento
De tão pobre nascimento?
Talvez pensasse Maria
No meio da estrebaria
Cogitando alguns planos
Envolvendo Jesus em panos
A mãe noviça e amadora
Deitou-o numa manjedoura
Protegendo-o do abandono
Mas em outro lugar bem perto
Outro evento acontecia
Pastores que ali viviam
Com seus rebanhos no deserto
Foram avisados e despertos
Que nascera o Salvador
Tão pobre, humilde e Senhor
Para amar de verdade
E oferecer à humanidade
De Deus o completo favor
O anjo que os avisara
Logo foi acompanhado
De celestial milícia ao seu lado
Louvando em santo brado
A Deus nas maiores alturas
Que nasceu entre as criaturas
Às quais quer muito bem
Os pastores foram a Belém
Inspirados nas Escrituras
Lá encontraram de fato
Jesus numa manjedoura
O que ouviram não fora
Nenhum engano ou boato
E ficaram muito gratos
Por tudo que foram avisados
Voltaram entusiasmados
Glorificando a Deus
Pelo que viram os olhos seus
E o que lhes fora anunciado.
Francisco de Assis Gomes
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